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Congonhas do Norte / MG
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História do Município

A cidade de Congonhas do Norte está localizada a 210 km de Belo Horizonte, numa das rotas da Estrada Real, conhecida como Estrada Real Ocidental. É marcada pela tradição do estilo barroco em seu maior patrimônio, a Igreja Matriz de Santana. Congonhas do Norte possui diversas belezas naturais como 09 grutas, 44 cachoeiras, 04 cavernas, 06 sítios arqueológicos, montanhas, rios e lagos e uma rica flora e fauna, fazendo parte da Serra do Espinhaço, atualmente considerada Reserva da Biosfera pela UNESCO.

Nos primórdios de sua ocupação uma caravana de paulistas, comandada por Fernão Dias Paes Leme e seu genro Manuel de Borba Gato, vasculharam a região a procura das tão sonhadas esmeraldas sempre no encalço da montanha resplandecente: o Itaberabuçu. No período entre 1711 a 1715, fundaram uma localidade que se chamou Nossa Senhora do Pilar de Gaspar Soares. Logo depois dividiram a Bandeira em duas, pois os dois bandeirantes iam à procura de ouro e outras pedras preciosas. Uma seguindo para o Nordeste, comandada por Fernão Dias e a outra para o Norte, comandada por Borba Gato. Para evitar ataques de índios e animais selvagens, Borba Gato tomou o caminho das Campinas de cima da Serra da Lapa, pousando em diversos locais, Campo Redondo, Intendente, Riacho das Pedras, Carapinas, dentre outros.

Após algum tempo acamparam em uma parte da serra e a ela deram nome de Congonhas de Cima da Serra da Lapa. O nome Congonhas é devido à quantidade de plantas conhecidas pelo nome de “Congonha ou Mate”, que foram encontradas às margens dos rios da região. Ergueram ali uma pequena ermida, com cobertura de colmo (palha de coqueiro) e dentro colocou-se a imagem de Senhora Sant’Ana. Descobriram pedras preciosas e cristais no local. A localidade era subordinada à antiga Freguesia de São Francisco de Assis de Paraúna.

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ANO DE CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO
Em 04 de julho de 1857, o então povoado de Congonhas do Norte foi elevado a distrito, desmembrando-se do Distrito de São Francisco de Assis de Paraúnas, e passou a fazer parte do município de Conceição do Mato Dentro, pela Lei nº. 818.

Com o crescimento do distrito, surgiu uma vontade popular de emancipação e em 30 de dezembro de 1962, pela Lei nº 2764, sancionada pelo Governador da época, José de Magalhães Pinto, Congonhas do Norte tornou-se município e cidade. O movimento de emancipação da cidade foi liderado pelo Sr. Ulisses Pereira de Moraes e o Sr. José Domingos.

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PRINCIPAIS DATAS FESTIVA
Maior festa religiosa da cidade é a Festa de Santana, padroeira da cidade, Nossa Senhora de Santana, comemorada no dia 26 de julho e dura três dias. Acontece desfile de carro de bois, que conduzem a planta canela d’ema para as fogueiras que iluminam o levantamento do mastro. Vários são os espetáculos durante esta festividade como fogos de artifício, apresentação da banda de música “Lira Santana”.

Outra festa importante na cidade é a Festa do Rosário e é realizada no mês de outubro, sob a responsabilidade dos festeiros, o rei e a rainha. Acontece a Marujada, homenagem a Nossa Senhora do Rosário por ter salvado a vida de marinheiros que dirigiam ao Brasil. São exibidos cantos e danças com os acontecimentos da viagem.

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PRINCIPAIS IGREJAS
Predomina-se no município, a religião católica. A Paróquia, atualmente, pertence à Diocese de Diamantina. Também se encontram as religiões Adventistas do Sétimo Dia, Assembleia de Deus, Testemunha de Jeová e Congregação Cristã do Brasil.

Sabe-se que existiu no antigo arraial uma primeira capela, e devido ao seu estado precário, motivou, em 1722, o visitante padre Antônio da Silva Prado a alertar os moradores para reedificar este templo ou construir um novo.

Algumas histórias populares contam, não existindo registro documental, apesar do Livro de Tombo da Paróquia constatar que irmãs José Velho Barreto do Rego, que Dom Pedro teve duas filhas bastardas, Maria e Eufêmia. Ele doou para elas uma sesmaria de terras na região chamada Lagoa, nas imediações do então arraial.

Um escravo de Maria e Eufêmia, chamado Lucas, encontrou nas terras da sesmaria um veeiro de ouro. Diz-se que a Igreja Matriz foi construída por elas, ornada com pinturas parietais e tetos pintados e uma rica talha barroca executada entre 1722 e 1748, atualmente possui tombamento estadual.

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Em 1821, a então Capela de Santana das Congonhas incluía-se entre as filiais da matriz de Conceição do Mato Dentro, tendo como capelão o padre Vicente Pinheiro Dornelas.

A Igreja Matriz de Santana é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, de acordo com o Decreto Estadual nº 24.325, de 22 de março de 1985.

PRINCIPAIS PERSONAGENS CULTURAIS

Carruagem: A carruagem faz parte da festa de Santana desde os seus primórdios. Elemento de importância prática e simbólica dentro das celebrações a Santana. A carruagem consiste no desfile dos carros de boi, de propriedade de congonhenses dos distritos rurais do município. No passado os carros de boi vinham carregados de canela de ema, planta usada para iluminar as ruas da cidade por onde passava a procissão. É importante ressaltar que estes sujeitos carregam com eles a tradição rural presente no modo de vida de Congonhas do Norte. Os carros de boi são usados dentro do cotidiano das famílias que moram na zona rural do município. A participação destes atores na Festa de Santana efetiva a integração destes dois territórios, distritos rurais e distrito sede. A vinda dos carreiros da zona rural para participarem da Festa de Santana na sede demonstra o significado da festa na vida destes diversos atores e como ela é capaz de promover a interação entre os moradores da cidade. Além disto, os carreiros fortificam sua fé por Santana desfilando pelas ruas da cidade.

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Banda de Música Lira Santana: A Banda Lira de Santana foi fundada em 1919 com o objetivo de dar vida às celebrações que os moradores de Congonhas do Norte realizavam para a Senhora Santana. Segundo o Sr.Helvécio, músico e presidente da Banda Lira de Santana, a função da banda dentro da festa sempre foi “Abrilhantar a procissão, as missas, então é o que nós fizemos sempre!”. Entoando o hino da cidade, dobrados, sambas, boleros e marchas, a Banda Lira de Santana desde a sua fundação compõem a Festa de Santana, trazendo sonoridade para os momentos solenes.  A Banda Lira de Santana é de extrema importância para as celebrações das festas do município e dos distritos. Os músicos da banda desempenham papel vital dentro das cerimônias, pois ao entoarem suas marchas e dobrados eles dão vida e beleza para as festividades religioso-culturais. Ao ouvirem o som da banda os fiéis se sentem envolvidos em todo o contexto religioso vivenciados por eles no período de realização da Festas.

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Marujada: Acontece a Marujada nas festas do Rosário que acontecem no mês de setembro e outubro na vila de Santa Cruz de Alves e em Congonhas do Norte em homenagem a Nossa Senhora do Rosário por ter salvado a vida de marinheiros que dirigiam ao Brasil. São exibidos os cantos e danças com os acontecimentos da viagem.

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